segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lobotomy

Dentro da garota há uma linha, uma berlinda, uma divisão entre bem e mal. Criam-se dúvidas, questionamentos e incertezas. Em volta há uma parede, construída pelo oitavo pecado capital: o medo. Como Dante em um sonho lúcido, ela passeia entre o céu, inferno e purgatório. Nestas viagens ela tenta buscar a solução para suas perguntas. O que dificulta é ter mais de duas alternativas. Quando se tem duas opções, resolve-se no par ou ímpar. Cada pergunta tem uma infinidade de respostas possíveis. Cada escolha tem centenas de conseqüências. Todo passo tem milhares de desconhecidos julgadores. Por uma fantasia qualquer, este muro foi levantado. Derrubá-lo, seguir adiante e aceitar seus defeitos e qualidades é tortuoso, mas necessário. Agora, a garota percebe que a mente faz seu corpo de escravo, elege suas principais vontades e a noite ela não consegue dormir. Suas ações são movidas por egos, demônios de Dante. É como se ela mesma sempre parecesse outra pessoa.

Além do bem e do mal, quantas ela poderia ser nela mesma?

E... QUANTOS você pode ser?